Em Portugal a influência é algo muito discutível, mas um tema bastante curioso e que dá “pano para mangas”. Depende do poder, da carreira e da fortuna, para além de toda a imagem que é projetada. E desengane-se quem pensa que só os homens podem ter influência! Prova disso é a lista da Executiva que contempla as mulheres mais influentes do País.

Joana Marques Vidal

Tornou-se, em 2012, com 56 anos, a primeira mulher a ocupar o cargo de procuradora-geral da República em Portugal, em 180 anos de magistratura do Ministério Público, um órgão com bastante influência e poder no País. Considera que ser mulher nunca afetou a carreira dela e tem a noção de que o poder é algo efémero.

Cristina Ferreira

É uma das figuras mais populares da nossa televisão, sendo a “rainha das manhãs”, ao co-apresentar o programa líder nesse horário. Para além disso, é uma grande mulher de negócios a nível dos media, moda e perfumaria, sendo, também, diretora de conteúdos não informativos da TVI. Lançou uma linha de sapatos, um perfume, um blog, uma revista e, ainda, um livro de receitas.

Isabel dos Santos

É angolana e é a mulher mais rica e poderosa de Portugal. Segundo a Forbes, é uma das primeiras bilionárias africanas, com uma fortuna de 3,7 mil milhões de dólares. Fez muitos investimentos na NOS, no grupo SONAE, no BPI, na Galp Energia e na Efacec, totalizando mais de 3 mil milhões de euros investidos em Portugal. É filha do Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.

Isabel Vaz

É CEO da Luz Saúde, um dos principais grupos de saúde. Foi investigadora do Laboratório de Tecnologia de Células Animais e engenheira de projetos fabris no grupo farmacêutico Atral-Cipan. Trabalha entre 12 a 14 horas por dia.

Isabel Jonet

Presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, chegou a trabalhar no Comité Económico e Social em Bruxelas. Começou no Banco Alimentar como voluntária e hoje também preside a Federação Europeia dos Bancos Alimentares.

Maria João Pires

Pianista com uma carreira brilhante, recebeu o Prémio Gramophone, na categoria Concerto, pelo disco editado em 2014, com concertos para piano n.3 e n.4 de Beethoven. É brasileira, vive na Bélgica e também esteve nomeada para a Melhor Interpretação a Solo, com as gravações de Chopin e Schubert.

Paula Rego

É a grande figura a nível de artes plásticas portuguesas em termos internacionais, tem parte da sua obra na Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais. Em 2015, um dos seus quadros, “The Cadet and his Sister”, de 1988, foi vendido num leilão por 16, milhões de euros.

Esmeralda Dourado

Gestora e empresaria, foi uma das poucas mulheres na liderança de uma empresa cotada na Bolsa de Lisboa. É administradora não executiva de várias empresas e tem negócios pessoais, para além de colaborar com instituições não lucrativas. Destacou-se por ter presidido à comissão especial que acompanhou o processo de reprivatização da EGF (Empresa Geral de Fomento).

Maria Manuel Mota

Cientista cujo domínio da investigação é a malária, fez uma grande descoberta em 1999, quando estava no Centro Médico da Universidade de Nova Iorque. Há 12 anos que lidera uma equipa no Instituto de Medicina Molecular. É fundadora e presidente da Associação Viver a Ciêncoa, que apoia a filantropia em Portugal.

Joana Vasconcelos

Artista plástica, viu, em 2013, segundo o jornal “Le Figaro”, a exposição realizada no Palácio de Versalhes, foi a mais visitada em Paris, nos últimos 50 anos, com 1,6 milhões de entradas. Em 2013, a sua exposição no Palácio da Ajuda foi a mais vista de sempre em Portugal. Participou na 51ª Exposição Internacional de Arte – Le Biennale di Venezia, em 2005, o que deu um grande reconhecimento internacional. É responsável por monumentos como o projeto Trafaria Praia.

Paula Teixeira da Cruz

Ex-ministra da Justiça, foi, também, vereadora da Câmara Municipal de Lisboa, ganhando notoriedade devido à reforma judiciária em que confrontou com a oposição dos vários poderes corporativos e políticos. É advogada e militante do PSD.

Maria Luís Albuquerque

Ex-ministra das finanças, foi professora na Universidade Lusíada de Lisboa e passou pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças, tendo sido, também, assessora do secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, diretora do Departamento de Gestão Financeira da REFER e coordenou o Núcleo de Emissões e Mercados do Instituto de Gestão de Tesouraria e Crédito Público. Tornou-se secretaria de Estado do Tesouro e Finanças, secretaria de Estado do Tesouro e ministra de Estado e das Finanças.

Maria José Morgado

É diretora do Departamento de Investigação e Ação Penal, defendendo a luta contra a corrupção. Entrou para a magistratura do Ministério Público em 1979, foi militante PCTP/MRPP e chefiou a Direção Central de Investigação da Corrupção e da Criminalidade Económica e Financeira da Polícia Judiciária. Tratou de processos como Apito Dourado ou paquetes da Expo.

Assunção Esteves

Foi presidente da Assembleia da República e a primeira mulher a ocupar esse cargo, para além de ter sido a primeira juíza conselheira do Tribunal Constitucional. A vida pública de Assunção Esteves regeu-se por ter sido professora na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e militante, dirigente e deputada na Assembleia da República e no Parlamento Europeu, pelo PSD.

Manuela Ferreira Leite

A política e comentadora foi a primeira mulher e a ser ministra das Finanças e a primeira a liderar um partido (PSD). Foi investigadora na área das Ciências Económicas e Financeiras e técnica do Centro de Economia e Finanças do Instituto Gulbenkian de Ciência. Foi professora no ISEG e gestora de epresas públicas. Para além disso, a sua carreira foi marcada por ter sido coordenadora do Núcleo de Finanças Públicas e Mercado de Capitais do Gabinete de Estudos do Banco de Portugal, diretora-geral da Contabilidade Pública, secretária de Estado Adjunta e do Orçamento e ministra da Educação. Passou, ainda, pelo conselho consultivo do Instituto Gulbenkian da Ciência, dos conselhos superior e de orientação estratégica da Universidade Católica Portuguesa, presidente do conselho de administração do ISLA e administradora não executiva do Banco Santander Totta.

Judite de Sousa

Durante anos, foi uma das caras mais marcantes da RTP, onde entrou em 1979, e, em 2011, passou para a TVI, sendo subdiretora de informação e um dos principais rostos do canal. Uma carreira de grande sucesso, apesar de uma vida pessoal um pouco atribulada e vários livros escritos, com bastante êxito.

Elina Fraga

Bastonária da Ordem dos Advogados, foi a segunda mulher na história da Ordem a ser eleita para esse cargo, em 2014. É advogada desde 1996 entrou para a Ordem dos Advogados em 2008, passando a ser vice-presidente e vogal do conselho-geral, em 2011.

Elvira Fortunato

Reconhecida cientista que criou o primeiro transístor de papel. Doutorada em Engenharia dos Materiais, foi um dos sete cientistas europeus selecionados para fazer parte da estrutura de aconselhamento científico da Comissão Europeia. No ano passada, o Presidente da República nomeou-a como presidente da Comissão Organizadora das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. As descobertas de Elvira Fortunato originaram já 15 patentes, cinco delas internacionais e uma em parceria com a Samsung.

Leonor Beleza

É presidente da Fundação Champalimaud, desde 2004, devido à decisão de António Champalimaud, deixada em testamento. Foi ministra da Saúde, deputada, fez parte de três governos, enquanto secretaria do Estado da Presidência do Conselho de Ministros e secretaria de Estado da Segurança Social. Leonor Beleza luta pela igualdade de género e gostava de ver ume mulher na Presidência da República.

Mariza

Lançou o primeiro disco em 2001, “Fado em Mim”, que acabou por ser editado em 32 países. Tem uma grande carreira internacional. Pisou palcos bastante importantes como o Carnegie Hall, em Nova Iorque, ou o Walt Disney Concert Hall, em Los Angeles. O jornal britânico “The Guardian” referiu-se à fadista coo “uma diva da música do mundo”.